terça-feira, agosto 15, 2006

A Sé...

Situada na zona mais antiga de Lisboa, a Freguesia da Sé remota a sua criação paroquial ao ano de 1150. Logo após a tomada de Lisboa, em 1147, D. Afonso Henriques mandou arrasar uma mesquita sobre cujos restos se construiu a igreja matriz que seria elevada a catedral metropolitana por D. João I, em 1393.

Também designada por Igreja de Santa Maria Maior, a Sé é o monumento mais antigo e venerável da cidade, símbolo da arquitectura medieval religiosa. Único monumento lisboeta de fundamento românico, é também filão de jazidas arqueológicas da ocupação romana, visigótica e árabe. Apareceram há pouco vestígios da antiga mesquita, construída entre os séculos IX e X. Foram descobertos no jardim do claustro, construído ao tempo de D. Dinis. O arqueólogo responsável pela escavação, José Luis de Matos, apoia-se no texto do cruzado Osberno, referindo que a grande mesquita de Lisboa era vermelha: uma das paredes ainda apresenta esse pigmento.

Foi escavada a zona das abluções e descobertas moedas árabes de prata. As obras de construção da Sé prolongaram-se por todo o século XII, recebendo acrescentos logo nos séculos XIII e XIV. São desta época o claustro, a Capela de Bartolomeu Joanes, a actual capela-mor, o deambulatório e as capelas absidais. O terramoto de 1755 arruinou-a profundamente, tendo-se então desmoronado a torre sineira sobre o cruzeiro e parte da torre sul. O restauro a que foi sujeita já no século, dirigido pelo arquitecto António do Couto, procurou refazer o primitivo programa românico-gótico, retirando-lhe a decoração barroca seiscentista.

A fachada principal mostra-se imponentemente fortificada nos merlõs que coroam os grossos panos das torres sineiras.

Na Igreja da Sé há a considerar as suas fachadas principal e laterais, as torres, as naves, o tarnsepto, a capela-mor, o deambulatório, as capelas afonsinas, o claustro de D. Dinis, as várias dependências, tais como a sacristia e a casa do capítulo (antiga), as capelas de Bartolomeu Joanes e de S. Vicente. Merecem ainda grande atenção o Museu do Tesouro da Sé, constituído por algumas peças notáveis, e o cofre de madrepérola que guarda as relíquias de S. Vicente, padroeiro da cidade.



A Igreja

O Tecto....

Os vitrais

Foi aqui que me molharam a cabeça....

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