O navio "Creoula" vai ser a base da LusoExpedição 2006, liderada pela Universidade Lusófona e que integra também cientistas das universidades do Algarve e dos Açores, que vai procurar saber mais sobre a vida que se esconde no Gorringe.
Frederico Almada, um dos biólogos-marinhos desta equipa, descreve o Banco de Gorringe como «um sítio fantástico para mergulhar», em que a visibilidade pode chegar aos 40 ou 50 metros.Bodiões e tubarões são algumas das mais de cem espécies de peixes que os investigadores esperam encontrar naquela zona, algumas das quais ainda não descritas.«Temos uma ideia do que existe, mas nem todas as espécies estão catalogadas. Como é uma zona pouco explorada podemos ter surpresas», afirmou à Lusa.
A identificação das espécies recolhidas e o estudo do DNA destes organismos são precisamente um dos objectivos desta missão científica.O biólogo justifica que Gorringe ainda é pouco explorado, porque «nem todos os barcos lá chegam».Apesar disso, o investigador mostra-se preocupado com os efeitos da pesca nesta zona.«Infelizmente, é permitido pescar nestes bancos submersos. É preocupante porque uma rede de emalhar num sítio destes pode causar uma destruição brutal. O banco é enorme, mas cada cume tem uma comunidade específica», explicou.
Os 16 mergulhadores (11 investigadores portugueses, mais cinco técnicos) vão recolher exemplares de peixes adultos, zooplâncton, fitoplâncton, algas e fauna e flora bentónica (próximo do fundo oceânico).A missão dos estudantes é fazer uma triagem e etiquetar as amostras para facilitar o trabalho laboratorial que se vai seguir.
A aplicação biomédica dos compostos produzidos por alguns destes organismos é outro dos objectivos desta expedição.«Vamos experimentar os compostos produzidos por determinados organismos para ver os seus efeitos. Eventualmente, poderá ter aplicação na biomedicina», afirmou Frederico Almada.Invertebrados, como esponjas e nudibrânquios (lesmas do mar), vão ser os "alvos" dos investigadores.O Banco de Gorringe, entre o Cabo de São Vicente (Portugal) e o arquipélago da Madeira, é composto por vários cumes que se erguem dos 2.000 metros de profundidade até 30 a 40 metros da superfície.
Algumas destas ilhas subaquáticas, como os cumes de Ormonde, Gettysburg e Ampère, são praticamente desconhecidas, sendo consideradas como verdadeiros «oásis de biodiversidade» no Atlântico.O banco de Gorringe é também conhecido por ser apontado como a mais provável localização do epicentro do sismo que devastou Lisboa a 1 de Novembro
de 1755.
in TSF
quinta-feira, junho 01, 2006
esperemos que nao o abanem muito e que nao acorde....
Grokado por Unknown ás 16:35:00
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